Reabilitação Ambiental da Praia de Sepetiba
Palavras-chave:
sepetiba | Reabilitação | Ambiental | da | Praia | de | Sepetiba | recuperação | praia de sepetiba | Mário Moscatelli | Odebrecht | INEA
Conheça o Projeto
A obra de Reabilitação Ambiental da Praia de Sepetiba consiste na execução de um aterro hidráulico na região da Praia de Sepetiba, com material arenoso proveniente de jazida marinha localizada na Baía de Sepetiba, nas proximidades da Restinga da Marambaia, e tem como objetivo principal devolver a comunidade local uma importante área de lazer, da qual poderão voltar a desfrutar após a mesma ter sofrido seguidas agressões ambientais no decorrer das últimas décadas, conduzindo-a ao estágio de degradação atual.
O aterro a ser executado deverá abranger uma área de 508.000 m², numa extensão aproximada de 2 km, com largura máxima de cerca de 530m em sua maior faixa, e volume aproximado da ordem de 649.000m³, volume este já considerando a ocorrência estimada dos recalques esperados, em decorrência da presença de materiais altamente compressíveis na sua “fundação”.
O aterro deverá ser executado a partir da rua Praia de Sepetiba, em largura variada , com terminação em taludes suaves (inclinação 1V:12H) até a superfície atual do terreno. As alturas construtivas dos aterros deverão ser variáveis, de modo a funcionarem como “sobrecargas” compensando os recalques futuros estimados.
Para garantia de uma boa execução do aterro sobre os sedimentos argilosos existentes abaixo da superfície atual da praia, será aplicado na interface aterro/argila um elemento resistente (geotêxtil) para garantia da sua exeqüibilidade sem que haja rupturas do material de “fundação”.
Preocupação Ambiental
Em um projeto ousado, a Reabilitação Ambiental da Praia de Sepetiba, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, prevê a reconstituição da faixa de areia, recoberta por camadas de lodo nas últimas décadas. Esta camada de lodo é resultado da deposição de cargas poluentes dos efluentes domésticos e industriais, oriundos do crescimento populacional e da ampliação das instalações portuárias.
A lama traz consigo um grande aporte de silte e argila para o local, que misturada à areia propiciou o desenvolvimento de um novo ecossistema na praia: Manguezal. Segundo especialistas, os manguezais são formações florestais características dos litorais abrigados na faixa inter-tropical, localizados em terrenos de formação recente, submetidos às variações das marés e presença de variadas concentrações de sais.
Porém, o mangue Invasor instalado, virou um local de “bota-fora” para a região, recebendo uma grande quantidade de lixo e outros resíduos, contribuindo para o aumento da poluição. Assim, o mangue se tornou um grande criadouro de animais e insetos.
A Odebrecht e o INEA preocupados com as questões ambientais e com a sustentabilidade, realizaram na primeira fase da Obra de Reabilitação da Praia de Sepetiba , o transplante deste mangue Invasor.
O transplante do mangue Invasor, além de ser o marco para o início das obras, contribuiu diretamente para que a praia não recebesse mais lixo da população e conseqüentemente, reduzir o mau cheiro e o número de vetores transmissores de doenças (pernilongos, ratos e outros).
Em uma ação pioneira, aproximadamente 525 mil mudas de mangue Invasor foram transplantadas para o Canal do Fundão, Zona Norte da capital fluminense. Em paralelo, aproximadamente 780 mil caranguejos foram remanejados para uma área vizinha à Praia de Sepetiba.
Todo esse trabalho visa conservar e preservar os manguezais, um dos ecossistemas mais degradados do mundo, contribuindo na melhoria da qualidade de vida da população de Sepetiba. Este processo contou com a colaboração do renomado biólogo Mário Moscatelli, conhecido por seus projetos de recuperação ambiental. Segundo Moscatelli, esse transplante é o maior realizado na região sul e sudeste do Brasil.